sábado, 4 de abril de 2009

Resumindo minha temporada de espectadora de stand-up e improvisação parte 1: 1a. Mostra Paulista de Stand-Up Comedy

Ok, maior temporada sumida desse blog. É que desde que eu descobri essa ferramentinha maldita chamada TWITTER, totalmente viciante, absolutamente mais fácil de atualizar, tá difícil eu me motivar a escrever blog. Aliás, costumo fazer atualizações diárias, às vezes até mesmo no momento de algum fato ocorrido no meu twitter:

http://twitter.com/lalabradshaw

A linguagem do blog exige maior planejamento, imagens. É legal também porque posso discorrer mais profundamente um assunto escolhido.

Mas sem delongas e sem desculpas…

Meus posts anteriores divulgavam os espetáculos. Eu ficava sabendo de um espetáculo, procurava saber o maior número de informações para, enfim, recomendar através do que conhecia principalmente do artista que participava do espetáculo.

Mas, lógico, é diferente de contar a experiência de quem esteve lá. Ok, não sou nenhuma crítica de arte, não sou artista. Portanto, minha opinião é, como eu costumo dizer de uma entusiasta desses dois gêneros teatrais (stand-up e improvisação).

Como todo interessado por um assunto, procuro ler o maior número de informações a respeito, entender um pouco de como funciona o esquema dos espetáculos e claro, dentro de tudo isso, ir criando uma relação mais afetiva com a forma como um e outro artista trabalha.

mostra-stand-up1

Estive em todos os dias da 1a. Mostra Paulista de Stand-Up Comedy, que teve espetáculos de terça a domingo entre janeiro e março. Teve solos de Fernando Caruso, Fábio Porchat, Ângela Dipp, Fábio Rabin, Marcelo Mansfield e Diogo Portugal. Também teve uma peça chamada Confissões de Acompanhantes, que teve como “Mestre de Cerimônias” a Marcela Leal.

Posso dizer que fiquei impressionada com a empatia que o Fernando Caruso estabelece com a platéia e como seus textos são inteligentes, no seu solo Papo Furado. Posso dizer também que também me apaixonei pela forma histriônica e animadinha (às vezes até demais) que Fábio Porchat, no seu solo Fora do Normal, se apresenta e principalmente do seu timing na apresentação dos textos. Os dois fazem parte do primeiro grupo de Stand-Up Comedy no Brasil, o Comédia em Pé no RJ. Maiores informações são obtidas através do site http://www.comediaempe.com.br

Ângela Dipp foi a quem foi melhor recomendada pela crítica (Ilustrada) dentro da Mostra. No seu solo La Putanesca , apesar de ter gostado do seu texto, honestamente eu não fiquei muito empolgada. Também apesar da idéia do espetáculo ser baseada no Humor do Cotidiano, o formato do espetáculo não seguia os moldes clássicos do Stand-Up Comedy (o figurino, os objetos em cena, as mudanças de luzes e de “cenário”).

Fábio Rabin, um dos fundadores do grupo Comédia ao Vivo (http://www.comediaaovivo.art.br) e também da Seleção do Humor (http://www.brunomotta.com.br/selecaodohumor) , é também muito bom. No seu solo, Ra-ra-rabin, gostei muito do jeito despretensioso como ele se apresenta e como se dirige à platéia. Já tinha visto muitos vídeos dele no You Tube, e passei a gostar ainda mais do trabalho dele.

Marcelo Mansfield, é assunto à parte. Um dos fundadores do Clube da Comédia Stand Up (http://www.clubedacomedia.com.br ), já o conhecia pela sua participação no Terça Insana com personagens de caracterização. Muito experiente, técnico e com suas caras impagáveis, Mansfield me impressiona sempre. O seu solo Nocaute, que já vinha em cartaz no mesmo teatro, vale a pena ser visto. Recentemente, assisti seu novo espetáculo, Pó de Mico (http://www.marcelomansfield.com.br/news/podemico02.htm), um espetáculo de comédia que mescla caracterização, sátira musical, improviso que adorei.

Outro solo que assisti foi o Hã?! com Diogo Portugal. (http://www.diogoportugal.com.br). Ele está em cartaz todas as terças feiras no John Bull Music Hall em Curitiba. Um dos principais divulgadores do gênero stand-up no Brasil, Diogo que já incluiu personagens de caracterização em seus espetáculos, apresenta seu solo ao estilo clássico de stand-up comedy, exceto por sua performance musical do final do espetáculo. Já o conhecia de vídeos, mas sua postura despachada é ainda mais divertida ao vivo. Diogo Portugal é implacável, até mesmo com o público.

Com relação ao Confissões de Acompanhantes, com Marcela Leal de “Mestre de Cerimônias”, Guta Ruiz, Maíra Dvorek e Rachel Ripani, foi um espetáculo aos moldes do humor de cotidiano, entretanto, representados pelas atrizes como 4 personagens caracterizadas de garotas de programa. Apesar de algumas tiradas bem engraçadas, o espetáculo em si não me agradou. Principalmente porque preenchia muito pouco a proposta do stand-up comedy.

Bom, em resumo foi essa a minha impressão da mostra. Nos próximos posts continuarei discorrendo a respeito de tudo que tenho visto. Fui!