Rafinha Bastos dispensa comentários. É motivo de inúmeras postagens nesse blog e para mim é um gênio do Stand-Up Comedy e de Humor na Mídia Eletrônica. Além da sua página que já é sucesso há anos, suas postagens do Twitter aparecem toda hora, com uma tirada melhor do que a outra.
http://twitter.com/rafinhabastos
A quantidade de idéias deve ser proporcional ao tamanho do figura… GRANDE Rafinha…kkk
Apesar de eu ficar aqui me perguntando por que diabos ele não está na 1a. Mostra Paulista de Stand-Up Comedy, já que para mim é um dos melhores do gênero, espero que seja porque ele esteja preparando a melhor temporada do A Arte do Insulto. Apesar de já ter visto o Rafinha diversas vezes em espetáculos de Stand-Up Comedy (Clube da Comédia Stand-Up e Comédia Ao Vivo), eu aguardava ansiosa pelo solo, que até o ano passado estava em Santos e era um sucesso. Ainda aguardo o DVD, que foi gravado no fim do ano passado. Rafinha também é conhecido por pertencer à polêmica bancada do CQC e pelo quadro Proteste Já, um dos mais comentados quadros do programa e classificado pelo Marcelo Tas, como o quadro de maior dificuldade de elaboração desse programa e que o amigo Rafinha tira de letra.
Enfim, estou aqui contando os dias até A Arte do Insulto, que estréia dia 31 de janeiro e permanece até dia 28 de março no Teatro Frei Caneca, às 23h59, todos os sábados. IM-PER-DÍ-VEL!
Caraca…. Quase cai de costas quando me deparei com uma notinha sobre Ângela Dip no Veja Sp dessa semana, com um adendozinho, assim, pouquissimo valorizado sobre Stand-Up, e que nessa sexta feira (dia 16) teria começado uma Mostra de Stand-Up Comedy….
COMO ASSIM?? Como assim, sem divulgação nenhuma?
E fui eu fuçar na internet, infelizmente não achei assim nenhum site oficial… mas, encontrei essa nota no site do Ingresso Rapido.
Mas em resumo a Mostra será entre os dias 16 de janeiro a 15 de março, no Teatro Nair Bello, que fica no Shopping Frei Caneca no 3o. Piso (rua Frei Caneca, 569 ) na Consolação em São Paulo. Telefone: 3472-2444. Ingressos são vendidos no local e através do telefone ou site do Ingresso Rápido e custam R$40,00.
Terça Feira - Papo Furado (21h30)
Espetáculo Solo de Fernando Caruso, que faz parte da trupe do Comédia em Pé e dos Z.E. Zenas Emprovisadas. Caruso tambem fez parte do elenco de Zorra Total. Segundo Marcelo Adnet, por incentivo dele, que Marcelo ingressou no Zenas e hoje é um dos grandes nomes do Humor e do Stand Up no Brasil.
Quarta Feira - Fora do Normal (21h30)
Fábio Porchat é autor de inúmeras peças consagradas no Rio e Janeiro, e em 2007 venceu o Festival de Curtas da AXN com o “O Lobinho Nunca Mente”. Hoje um dos feras do Stand-Up Comedy ele se apresenta a lado de Fernando Caruso no consagrado Comédia Em Pé no Rio de Janeiro.
Quinta - La Putanesca (21h30)
Ângela Dip, que recentemente integrou o elenco de Maysa e também fez capítulos de Toma Lá Dá Cá, é também conhecida pela sua participação no Castelo Rá-Tim-Bum e pelo espetáculo Terça Insana. No teatro, apresenta-se com Marcelo Mansfield no Casal de Segunda.
Sexta - Confissões de Acompanhantes (23h59)
Marcela Leal (carinhosamente chamada por Marcelo Mansfield de primeira dama do Stand-Up), que recentemente retornou de Portugal onde se apresentou com Rafinha Bastos no Sol Rir, é integrante dos espetáculos Clube da Comédia Stand-Up e da Seleção de Humor Stand-Up e também tem um programa chamado Minuto da Comédia na Band News, com entradas em intervalos entre programas da emissora. Juntamente com Guta Ruiz, Maira Dvorek e Rachel Ripani esse espetáculo ao estilo Stand-Up, tem textos que se inspiram em depoimentos reais de prostitutas.
Sábado - Nocaute (23h59)
Um dos pais do Stand-Up e inspiração para grande parte da nova safra de humoristas no gênero, Marcelo Mansfield, sob supervisão de Rafinha Bastos, se apresenta nesse espetáculo fantástico, que já fui ano passado e certamente volto esse ano. Marcelo Mansfield já fez parte do elenco de Terça Insana, já participou do Zorra Total e atualmente é o mestre de cerimônias do Clube da Comédia Stand-Up e também temum espetáculo com Ângela Dip chamado Casal de Segunda.
Domingo - Hã?! (21H30)
Diogo Portugal é um dos principais responsáveis pelo sucesso do Stand-Up no Brasil, após uma aparição no Jô Soares. Também inspiração da nova safra de humoristas do gênero, Diogo é consagradíssimo em Curitiba, onde se apresenta no espetáculo Senta Pra Rir no John Bull. Foi o grande responsável pelo Risorama, que se tornou um sucesso no Festival de Teatro de Curitiba.
Quem, como eu, é fanático pelo gênero…. Tem que ir!
Hoje fui assistir A Troca, novo filme novamente brilhantemente bem dirigido pelo Clint Eastwood com atuacoesfenomenais de Angelina Jolie e John Malcovich.
A historia acompanhara a jornada real de Christine Collins, que ja por si so, antes de qualquer tragedia ja era uma mulher alem do seu tempo. Em 1928, era mae solteira e supervisora de uma divisao da telefonia de Los Angeles.
Num sabado em que seu filhinho Walter Collins de 9 anos nao tinha aula, sua mae eh chamada para cobrir a falta de funcionarios (hum, historinha bem conhecida por nos…. funcionarios que nao tem qualquer responsabilidade com seu emprego…. mae solteira que come o pao que o diabo amassou para sustentar seus filhos…. falta de ambiente ou familiares para cuidar de criancas pequenas enquanto as maes trabalham…. eh… Los Angeles nao parece assim tao diferente de nos….). Por nao ter absoluta escolha e devido ao seu senso de responsabilidade no emprego, Christine resolve assumir o turno que encerraria as 16h00. Acaba soh chegando no inicio da noite em casa.
Quando chega em casa, se dah conta de que seu filho, que foi por ela criado com grande senso de responsabilidade, nao estava em casa.
Ai, que novamente vemos Brasil (ou instituicoes meio falidas em qualquer lugar do mundo). Desesperada, no meio da madrugada, apos buscas frustras em toda vizinhanca, Christine liga para a Policia. Eles informam que nada irao fazer antes das 24 horas apos o desaparecimento. E entao a grande pergunta… o que se pensa que um garotinho de 9 anos foi fazer na rua essa hora da madrugada, em 1928? Foi na Lan House?? Enfim,no dia seguinte, a Policia vai enfim na casa de Christine e anota a descricao da crianca.
Paralelamente a essa dramatica historia, surge o Reverendo Gustav Briegleb. Indignado com as historias de violencia, injustica, corrupcao e manipulacao politica da policia de Los Angeles (hum, nao parece tambem conhecida essa historia tambem??) resolve denunciaras historias nao declaradas nos meios de comunicacao consagrados (como a Times, que eh citada) atraves de seu programa de radio. O Reverendo resolve citar o caso de Christine como uma demonstracao da falta do absoluto desinteresse do exercicio profissional da classe policial, bem como tambem para ressaltar as barbaridades que se assistia dentro do aparelho policial daquele municipio.
Entao (tambem bem conhecidos por nos), vemos a conversa do entre o Chefe de Policia James E. Davis e o Capitao J. J. Jones na cobranca de solucoes para esse mal estar na imagem da policia, que por sua vez era cobrado do prefeito da cidade que se encontrava em ano eleitoral (hum, primeiro mundo tambem tem disso, olha soh).
Como uma solucao magica, um belo dia, um garotinho eh reconhecido como preenchendo criterios para ser o filho de Christine. O capitao Jones o leva para ser recebido pela sua mae, sob cobertura de holofortes da imprensa, pedindo que fosse reconhecido o “bom trabalho da policia”. A pessima surpresa de Christine foi receber em seus bracos um garotinho que nos olhos de mae, nao era seu filho. O pequeno insistia, dando dados de nome da mae, endereco. Nada acalmava o coracao de Christine. O capitao Jones, contornando o mal estar publico do equivoco, pede a Christine que reconsidere a distancia da crianca, o mal passar por ele sofrido, e suas mudancas. A mesma, no mesmo dia reconhece dados fidedignos de que a crianca nao era a mesma.
E ai comeca sua saga de pedir providencias para a policia e ser recebida como um “estorvo” para os “homens da lei”. Quando a mesma insistentemente pede para ser revista a busca do seu filho, um certo psiquiatra dr. Earl W. Tarr, que trabalhava para a policia eh chamado para avaliar a crianca, mas mais do que isso “restaurar o sentimento de maternidade da mae assim tao fria emocionalmente com seu filho”. O “psiquiatra” (e digo isso porque um colega que se dah a um papel desses nao pode ser considerado como um colega de profissao), reafirma em seu relatorio que aquela crianca era a verdadeira e a mae que se equivocara. No dia seguinte, o Times publica a “visao da realidade como a interessa” (logico, sem sequer dar a possibilidade de defesa para a mae “mentalmente perturbada”).
O Reverendo conta a mae sobre as irregularidades que existem na Policia e a alerta sobre os riscos de ir contra esse sistema. A mae faz relatorios medicos e escolares com dados fidedignosde que nao se tratava do seu filho. Nesse momento, o capitao de policia, utilizando-se do artificio do “codigo 12”, ordena internacao psiquiatrica de Christine (sem sequer ter mandato judicial ou avaliacao de medico oficial). Christine se depara com os horrores das clinicas psiquiatricas (que tanto mancham a historia da Psiquiatria ate hoje) e entra em contato com um sem numero de mulheres que tambem foram condenadas da mesma forma por “incomodar a autoridade policial”.
Ao mesmo tempo, um jovenzinho canadense de 15 anos chamado Sanford Clarkeh detido num vilarejo com acusacao de invasao de territorio americano. Um investigador eh chamado para averiguar o caso. Depara-se com um garoto assustado com uma reacao violenta ao ser detido. Conhecemos a mente do garoto atraves da suas reminiscencias. Imagens de um homem esquartejando com um machado e choros de crianca, o levam a ficar angustiado. O mesmo vem a contar que teria participado de esquartejamentos de 20 criancas a mando e ameaca do seu tio, Gordon Northcott, de ser tambem morto. O filho de Christine teria sido reconhecido.
O desenrolar dessa historia merece ser vista, por isso nao continuarei descrevendo, mas o que me interessou discutir nesse momento, foram questoes tao atuais, apesar de uma historia antiga que remete 1928 (um ano antes do grande crash da bolsa de NY).
Recentemente bloguei a respeito da manipulacao do Grupo O Globo no Premio Extra. Danilo Gentil, reporter do CQC e a reportagem do Panico na TV, descreveram sob todos os prismas possiveis, a premiacao ja previamente ganha por programas da Globo antes de sequer apurados os votos e as parciais da premiacao cerca de 3 horas antes do premio, dando resultados absolutamentes adversos aos que foram vistos.
http://www.youtube.com/watch?v=ypqt3CIGYdc
Lembro tambem do episodio em o mesmo Danilo Gentili teria sido expulso, junto a qualquer outro integrante da equipe de jornalismo do CQCde realizar entrevistas dentro do Congresso Nacional. Depois de um abaixo assinado indiscutivel e da comocao popular, apos cerca de 4 meses, o CQC pode voltar a realizar sua atividade investigativa e honesta da realidade politica nacional.
Junto a tudo isso, posto tambem esse video do nosso reporter Ernesto Varella e seu reporter Valdeci, precursor do jornalismo de humor, protagonizado por nossos queridos Marcelo Tas e Reinaldo Meirelles, que numa oportunidade feliz, puderam fazer essa entrevista com nosso “dignissimo” deputado Paulo Maluf, explicando como se constroi um politico. Uma aula de demagogia e manipulacao para ninguem botar defeito.
No momento em que a revista Veja publica os artigos entre 1968 a 1976 proibidos pela censura militar, coloco novamente em questao a manipulacao politica, inclusive em termos de criacoes de criacao de imagens publicas convenientes ao poder estabelecido. Em 80 anos de evolucao da Humanidade, nos encontramos no exato mesmo lugar.
Tambem me chama a atencao a brutalidade de crimes cometidos contra menores. Num momento em que 2008 ouvimos inumeras historias de brutalidade contra menores, como no caso da morte de Isabela Nardoni, os irmaos esquartejados de Ribeirao Pires, o caso Eloa ou o caso Silvia Calabresi (empresaria que torturava uma menor por ela adotada em Goias). A historia do esquartejamento de menores nesse filme, brutal era em 1928 e apesar dos anos passados os mesmos crimes com igual requinte de crueldade.
Levanto a questao da evolucao da Humanidade, em termos tecnologicos e a manutencao da mesma cultura politica e social que vimos ha 80 anos atras.
De que adianta inumeras ferramentas de comunicacao, a crescente importancia da informacao, se a Humanidade se mantem com uma mentalidade tribal, grotesca e predatoria como a que observamos no filme ou como percebemos nosso mundo, se pararmos um segundo para pensar?
Entusiasta do Stand-Up Comedy e do Teatro de Improvisação e Caracterização. Amo Cinema, Música, Televisão, Moda e Cultura em Geral. Também gosto de opinar sobre política e sociedade. Quer saber mais: Follow me on Twitter!
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